Translate

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

REGANHO DE PESO APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA!

"Existe tratamento clínico atualmente para reganho de peso após a cirurgia bariátrica, seu endocrinologista pode ajudá-lo".


Um paciente que é submetido ao tratamento cirúrgico da obesidade tem, basicamente, dois grandes objetivos. O primeiro é perder peso. O segundo não encontrá-lo mais. Assim, o tratamento da obesidade inclui duas fases. A primeira, do emagrecimento. A segunda – que parece ser a mais difícil – da manutenção do peso.
Uma pessoa que obtém um resultado positivo na primeira fase – mas que não consegue o mesmo êxito na segunda fase, a da manutenção, pode entrar na categoria do “reganho de peso”.

Nesse ponto, é preciso um aparte para um esclarecimento. Após o período de emagrecimento, quando o paciente já está estável, é comum e normal haver discreto aumento de peso, mas que não deve passar de cerca de 10 a 15% do peso perdido. Essa situação é atribuída a um “ajuste metabólico” do organismo e não deve trazer muitas preocupações ao ex-obeso.

O problema está quando esse aumento peso é maior, e acaba comprometendo o sucesso do tratamento. O reganho é talvez o principal temor dos pacientes. E esse é um medo real, pois qual obeso nunca experimentou a combinação de “emagrece-engorda-tudo-de-novo”? Porém, na cirurgia da obesidade, esse tem sido um temor da exceção. Em geral, os pacientes, conseguem a manutenção do peso desejado. Fato é que os obesos operados exibem muito menos o “efeito sanfona” do que os que se submeteram à outras formas de tratamento.

Em média, o percentual de pacientes que acabam por ganhar quase todo o peso perdido após a cirurgia da obesidade é baixo. Não passa de 5%. Entretanto, alguns estudos têm demonstrado um reganho significativo de até 30%. 

As causas desse reganho não são muito claras, mas alguns fatores já foram implicados. O principal deles é a desistência do paciente em seguir com o acompanhamento multiprofissional. Pacientes que deixam as sessões de tratamento psicológico e/ou abandonam a nutricionista e o endocrinologista, acabam, por incorporar novamente aqueles mesmos hábitos de vida que outrora os levaram à obesidade.

Isso apenas demonstra um fato que precisa ficar bem claro aos pacientes que optam pela cirurgia da obesidade: a cirurgia ajuda no emagrecimento, mas não funciona como uma vacina contra a doença. Um paciente operado não está imune à obesidade. Se ele voltar aos mesmos erros alimentares e não controlar sua compulsão, a tendência natural é o retorno da mesma obesidade de antes.

Outro dado interessante que parece influenciar o reganho é o índice de massa corpórea do pré-operatório. Parece haver uma correlação positiva entre o IMC e o risco de reganho – quanto maior o IMC pré-cirurgia, maior a chance de haver reganho de peso.

Então, como evitar o temido reganho? Mantenha-se alerta. Todas as mudanças que foram necessárias para que se alcançasse a perda de peso após a cirurgia devem ser mantidas. Integralmente e pra sempre. As mesmas atitudes que servem para o emagrecimento (dieta orientada, atividade física regular, acompanhamento psicológico) também são imprescindíveis para a manutenção do peso.

Fale com seu endocrinologista, se você está engordando novamente após a cirurgia existe possibilidade de tratamento clínico efetivo com algumas medicações e medidas específicas.

Lembre-se: a vigilância deve ser constante e eterna!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.